Gutenberg,
em 1450, na Alemanha foi quem realmente deu início ao desenvolvimento da
impressão na Europa, ao inventar um molde de composição tipográfica para
confeccionar tipos móveis em metal.
O novo
ofício de imprimir difundiu-se rapidamente por toda a Europa. O desenvolvimento
da impressão tornou seu custeio mais acessível do que o das cópias manuscritas,
bem como permitiu a disseminação de idéias para um universo de leitores bem
maior. Erasmo e Lutero, por exemplo, exploraram o potencial da imprensa (em
1529 Lutero publicou 183 panfletos). Universidades e médicos beneficiaram-se de
uma maior quantidade de textos. Durante os três séculos seguintes, artistas,
moldadores de tipos, artesãos e impressores contribuíram para o progresso,
planejamento e elevação da qualidade da impressão. Tipos novos e sofisticados
foram desenhados, o uso da ilustração e da ornamentação aumentou e o cobre foi
utilizado em gravuras de alta qualidade. Vários processos de impressão que não
utilizam o alto-relevo, tais como a litografia e a gravura, foram também
desenvolvidos. Aperfeiçoamentos foram feitos na prensa básica que operava com
parafuso, houve inclusive a substituição deste pela alavanca e a introdução de
uma base de metal no lugar da de madeira. Entretanto, a produção permanecia
relativamente baixa em razão da necessidade de redistribuir os tipos antes de
uma nova impressão, da lentidão das prensas manuais e da necessidade de
umedecer o papel antes de imprimir. O século 19 testemunhou um surto de
inventividade mecânica que incluiu o desenvolvimento da prensa de chapa, na
qual uma placa pressiona o papel contra o tipo; da prensa cilíndrica, na qual
uma estrutura imersa em tinta contém os tipos de metal que se movem por trás de
um cilindro que faz o papel rodar; e da prensa rotatória, que usa placas de
impressão curvas que giram contra o papel, que é fornecido em folhas
individuais ou em rolos (folha contínua). Mais tarde, durante esse século,
foram feitos progressos na tecnologia da composição tipográfica com o
desenvolvimento do linotipo, do monotipo, da composição com estereótipos e da
ilustração. Os princípios dos meio-tons, da litografia offset, da impressão a
cores e fotografias para a confecção de placas de impressão foram também
desenvolvidos durante esse período, de modo que por volta do início do século
20 a maioria das formas básicas de impressão tipográfica, impressão litográfica
e de entalhadura (intaglio) estava estabelecida. Entre as duas grandes guerras,
a engenharia da impressão foi bastante aperfeiçoada e os métodos fotográficos
cresceram em importância, enquanto que a eletrônica moderna vem causando um
grande impacto desde 1950.